Interagir com os alunos a respeito de fatos corriqueiros na sociedade (fome, guerras, conflitos, consumo, discurso político, publicidade e marketing), levando tais conteúdos inerentes à diversas relações de caráter geograficamente humano, econômico e político.
SUGESTÕES PARA AS AULAS DE GEOGRAFIA
O poema em questão é uma espécie de texto com "ligaduras" contextuais que nos permitem desvendar determinados fatos do nosso dia- a -dia, sem perder os caracteres da sensibilidade.
Para o ensino-aprendizagem, apresentam duas importantes atividades para a mentalidade de quem lê: seqüência lógica de fatos dentro de um tema e a representatividade imagética das informações.
Seqüência lógica: os versos não se contradizem e nem transmitem idéias dúbias.
Representatividade imagética: ao ler as frases conseguimos facilmente imaginar do que se trata, delineando formas, localização, simbologias, historicidade e pertinência ao "cenário".
As séries dos 7° e 8º ano são apropriadas para trabalhar as percepções visuais das informações nas imagens, porém, o professor tem a possibilidade de construir junto aos alunos de séries anteriores (5º e 6º anos) a visão crítica da observação. Entendendo que as imagens (ou fotografias), não são apenas um conjunto de elementos capturados por um feixe de luz, mas, uma forma de representar domínios de espaços, ideologias, interesses pessoais, preconceitos, manipulação de ótica e ética, violência e miséria.
CONTEÚDO (S)
A globalização é o principal conteúdo abordado neste poema, apesar de não ser extenso seus elementos norteadores, sugestões de temas transversais como: comércio, salários ou renda familiar, poder aquisitivo, etc.. isso para apenas simplificar o "ponto" de partida para a compreensão do global, a partir do local.
METODOLOGIA
Segue-se idéias sugestivas para realização desta atividade:
1 - A escolha do poema deve ser pensado com muita cautela pelo professor, se o mesmo escolher seria melhor para não fugir do tema; caso deixe a cargo da turma, deve se preparar para enfrentar maiores desafios de compreensão.
2 - Uma leitura participativa com a turma, e uma breve interpretação dos mesmos é importante desde que, não "fuja" do programado: ensinar a ciência geográfica.
3 - Separação de trechos do poema por " versos ou estrofes fechadas" (alguns poemas já são separados).
4 - Pesquisar na internet, revistas, jornais ou livros, imagens que representem tais versos ou estrofes em sua maior parte possível.
5 - Utilizando-se de um computador ou manualmente coloque as imagens encontradas coladas (se manualmente) em uma folha de papel A4 (na posição retrato) lado esquerdo ou direito, todas as imagens (podendo também fazer tipo zig zag).
6 - Os versos devem ser colados ao lado (na mesma folha) das respectivas imagens.
7 - Ao final promova uma breve apresentação da turma, fazendo apenas uma pergunta básica: por que escolheu essa imagem para esse poema? Após as apresentações sugira aos alunos um exposição no mural da escola.
8 - O professor não deve esquecer de dar uma pontuação para a turma, isso é estimulante para os alunos.
POEMA
(Des)Ordem Globalitária
A ordem globalitária canta hoje as regras do jogo;
em que políticas autoritárias, totalitárias, fragmentárias comandam os passos do globo;
A cultura dos povos e as definições principais
das produções e políticas de aberturas comerciais
que favorecem grandes capitais
E também as privatizações e precarizações do trabalho,
que se espalham por todo lado, em todas escalas globais.
A riqueza, crescente e concentrada,
se alimenta da pobreza (material, espiritual) cada vez mais espraiada.
Os pobres reinventam a sobrevivência como podem,
aderindo à sociedade do consumo (que consome o planeta, os homens, e seus rumos...).
Enquanto isso, as cidades se sacodem, convivências se implodem,
populações buscam ocupações, lutam por humanizados espaços em quaisquer lugares, geralmente seguindo ou refutando os passos
E vãos traçados pelos voláteis capitais que buscam os lucros onde derem mais.
se embalam à imagem e semelhança das malhas tecidas na (des)ordem globalitária...
(Poema extraído do livro "Geografia em
tempos, espaços, pensamentos...)
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