E AGORA! PARA QUE SERVE O LIVRO DIDÁTICO?

sábado, 12 de novembro de 2011


Durante todo o processo educativo, o material didático chamado livro foi o material a ferramenta principal do professor, e um recurso único do aluno que buscasse uma fundamentação teórica consistente do que lhe era ensinado pelo professor.

   Alguns mestres desprezam o uso do livro pelo simples fato de considerá - lo atrasado, desarticulado e fora de uma seqüência lógica dos conteúdos inerentes a determinada disciplina. Analisar apenas por esse ângulo, o tal recurso adquire uma função secundária no início da experiência do saber do discente. O professor é um facilitador do conhecimento, assumindo uma posição primária no fazer aprender da ciência, esta não se torna propriedade privada daquele.

   Ensinar determinada ciência é uma tarefa de contínua adaptação dos meios materiais (recursos didáticos: giz, lousa, data show, e etc...) e imateriais ( aporte teórico: leis, ideologias, teorias, e etc...), estes em seu conjunto moldado a necessidade e capacidade cognitiva do indivíduo. Se torna ingênua a atitude de alguns "mestres" do saber científico ignorar o material por completo, por estes distar de períodos, séculos e de pontos geograficamente inatingível as possíveis realidades vivenciadas pelo alunato.

    Cabe ao professor encaminhar os alunos a uma descentralização do conhecimento, ou seja, apresentar o livro como um recurso que precisa ser usado, mas não dogmatizado como única fonte do conhecimento. Estamos na era da informatização "mundial" das informações, e dos conhecimentos científicos gerais, onde a milésimo de segundos, bilhões de Megabytes circulam na Rede Mundial de Computadores (INTERNET). O caso de alguns professores pode estar fundamentado no cômodo ato de ensinar conteúdos decorados ao longo do período de Faculdade/Universidade, onde tal habilidade contribui em muito para "encurralar" os alunos em um espaço segmentado do saber, sem estímulo a curiosidade científica de investigar os fatos.

   A maioria dos livros didáticos possuem sessões de "suporte" para os professores que precisam de sugestões no planejamento das atividades em sala de aula. As abordagens temáticas dos livros desenvolvem os conhecimentos científicos, tomando como base a ordem programática de conteúdos estabelecida pelo Ministério da Educação (MEC), que por sua vez, considera os níveis de conhecimentos por ano/série, e estes fragmentados. 

   É prioritário no modelo educacional incutir nas mentes dos discentes grandes volumes de conteúdos para torná-los receptores das informações, sem a devida conscientização de se fazer uma ligação do conhecimento prévio da vida diária e dos anos de estudos anteriores, com as realidades constantes e dinâmicas. Percebe-se aí uma compartimentação do saber, onde ensinar uma ciência faz da aprendizagem factual, pontual e desvinculada da escala local com o global; é muito comum mesclarem as escalas, mas é difícil encontrar a relação das partes com o todo e vice-versa.

   A unidade escalar dos livros geralmente é de ordem global para o regional, ou seja, trabalha as ciências abordando os eventos históricos e pontuais, detalhando seus motivos, causas e conseqüência, mas não faz "ponte" para fazer o aluno entender o processo atuando no seu cotidiano. 

   Os livros exploram muito bem as imagens por meio de questionamentos, estimulando o aluno a observar e pensar sobre a imagem, expondo a presença humana na atuação das transformações da superfície terrestre, assim como os processos naturais.  A prioridade temática dos autores são as transformações ambientais, com destaque para os recursos naturais e a alteração paisagística, devido a crescente urbanização e a estruturação das cidades.

   Se torna constante nos livros as análise de indicadores sociais e econômicos nos conteúdos abordados. A miséria de muitos e a riqueza de poucos, é apresentado como um resultado do sistema econômico vigente, mas que pode sofrer intervenções para melhorias, para isso destacam a diminuição da corrupção de governos, empresas e organismos, para os recursos destinados a setores que beneficiem a sociedade, não seja desviados para fins particulares ou desnecessários, como é o caso das indústrias da guerra.

O QUE É DE GRANDE UTILIDADE NOS LIVROS DIDÁTICOS

1 - AS IMAGENS e FOTOGRAFIAS: elas "falam" e despertam a curiosidade dos alunos ao compará-las com outras paisagens. Estas devem ser bastante exploradas com estímulo a leitura das paisagens e a criticidade dos eventos ocorridos nelas.

2 - GRÁFICOS E TABELAS: estes mesmos que sejam de décadas ou séculos distantes, trás uma noção do quanto determinado aspecto da população, economia, saúde, segurança, e etc... melhorou (evoluiu) ou piorou (regrediu). Os dados numéricos não devem ser dogmatizados, mas bem considerados nas análises dos eventos passados e muito mais na atualidade.

3 - GLOSSÁRIOS: apesar de restrito ao tipo de conhecimento apresentado, este recurso é de suma importância para a compreensão dos assuntos, por estar no mesmo material impresso a dúvida pode ser dirimida rapidamente.

4 - SUGESTÕES DE SITES: grande parte dos livros tem sessões desse tipo. Como estamos na era da informação rápida e de fácil acesso, não podemos desprezar este recurso essencial ao conhecimento. Lembrando que quando determinado autor sugere um site é pelo fato de este estar bem relacionado ao conteúdo, não confundir o tal site com o buscador GOOGLE, este apenas apresenta uma enorme listas de sites; aquele mostra o conteúdo em especificidade.

5 - SUGESTÕES DE FILMES: os filmes são grandes disseminadores de informações e conhecimentos, pois eles trabalham simultaneamente com imagens, sons e computação gráfica; a virtualidade e os efeitos especiais é um atrativo "poderoso" para os alunos apreenderem alguma informação.

6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: é a fundamentação de todos os conteúdos apresentados, isso é de suma importância para que o professor tenha uma noção da "vertente" ideológica que o autor (es) estão seguindo (s). O docente pode utilizar textos dessas referências para complementarem os conteúdos.

7 -  NOTA DE RODAPÉ: são explicações de determinadas palavras ou citações que recebe uma atenção maior na compreensão de parte do texto, o intuito é de não haver confusão no entendimento do leitor. 

8 - NOTA DE INFORMAÇÕES GERAIS (jornalzinho): são informações complementares a respeito de fatos ou episódios para interagir com o conhecimento científico, por mais que esteja ultrapassado vale apena utilizá-lo na sala de aula. 

9 - PROPAGANDAS ou MARKETING: quando na forma de encarte são oferecidos aos professores para uma visualização de todos os produtos ou séries ofertadas pela editora. Com isso o docente pode comprar outros mais interessantes para o seu conhecimento.

10 - EXERCÍCIOS: são questionamentos que cabe aos alunos responderem com auxílio do professor; se o aluno não consegue respondê-los sozinho está com um grande problema: falta de leitura.

11 - MANUAL DO PROFESSOR: alguns livros anexam ao livro do professor além de respondidos os exercícios, as orientações básicas de como procedê-lo no ensino dos conteúdos, bem como algumas dinâmicas interessantes para serem desenvolvidas.

ATIVIDADE PARA O PROFESSOR

   Verifique o seu livro todos estes itens acima citado e faça uma análise se ele ainda é útil. Se não for útil, tem alguma coisa errada com você; se o livro não for suficiente faça a substituição imediatamente.

   Nós professores devemos ter uma visão inovadora do ensino no que diz respeito as estratégias de utilização dos recursos disponíveis. Não devemos fechar a nossa visão para o "novo", ou seja, fazer por onde melhorar independente das mazelas, o comodismo tem "imobilizado" muitos profissionais do ensino; não é preciso um querer mudar tudo, mas se faz urgente muitos modificar o USO do seu recurso.  

   Segue - se abaixo uma tabela para que o professor faça uma rápida avaliação do seu livro e reflita sobre a utilidade do mesmo no ensino.


UTILIDADES

REGULAR

BOM

ÓTIMO

EXCELENTE

 IMAGENS, FOTOGRAFIAS:





GRÁFICOS E TABELAS





GLOSSÁRIOS





SUGESTÕES DE SITES





SUGESTÕES DE FILMES





REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS





NOTA DE RODAPÉ





 INFORMAÇÕES GERAIS (jornalzinho)





PROPAGANDAS,  MARKETING





EXERCÍCIOS





MANUAL DO PROFESSOR






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Laboratório de ensino de geografia. Blog utilizado como processo avaliativo.
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